Eu e Cristina fomos almoçar esta
semana em um restaurante razoavelmente simples, onde vez ou outra vamos quando
não conseguimos chegar no horário de almoço em nossa instituição, devido ao
acúmulo de tarefas do dia. Como sempre, nos dirigimos ao self-service e pegamos
o que queremos.
Nesta feita, por ser o início do
ano, o moço que atende na parte do churrasco estava bem comunicativo, desejando
a todos os clientes um feliz ano novo e coisas semelhantes. Chegou a minha vez,
e comigo mais dois homens, e o garçom logo soltou aquelas máximas comuns que
permeiam a mente de muitas pessoas.
“Que este ano a gente tenha muita
mulher e dinheiro!” Logo corrigiu: “Dinheiro não, porque muito dinheiro traz
problemas e muitas coisas ruins. Vocês ficam com o dinheiro e eu com as
mulheres!” Os dois ao meu lado sorriram amarelo e não sabiam o que dizer.
Imediatamente, soltei a palavra e disse: “Eu fico com o dinheiro, com muito
dinheiro. Está tudo bem para mim, e você pode ficar com as mulheres!”
No Brasil, e em países de
terceiro mundo, ser rico é pecado, é maligno, é ser considerado o mal do mundo,
é ser o culpado por todas as mazelas das pessoas e ser taxado de gente
inescrupulosa, desonesta e vil. A verdade está muito longe disso. Embora em
nosso país particularmente, muitos enriqueceram pelo caminho da corrupção, da
falcatrua e do jeitinho, a maioria dos verdadeiramente ricos, são resultado de
muito trabalho, estudos, estratégia, criatividade e muita honestidade.
Ser verdadeiramente rico é ser
honesto, é ter caráter, é fazer as coisas corretas, é pagar devidamente seus
impostos e tributos, é ter o preço justo de seus produtos. é ter bondade e
generosidade para com os mais necessitados, é doar para instituições diversas,
é estimular o crescimento das pessoas e do país, é não aceitar a corrupção nem
o empresariado oportunista e viver exclusivamente de seus recursos e do fruto
de seu trabalho.
O que mais vemos em países como o
nosso é a população com uma programação psíquica para a continuidade do seu
estado de pobreza material e mental, ressentida das pessoas ricas e vivendo uma
personalidade de vítimas eternas dos “opressores”, que normalmente são “ricos”.
A única saída viável para esse estado de coisas é a educação para o crescimento
pessoal que destrua essa mentalidade nas próximas gerações.
O problema todo reside na
mentalidade, pois os pensamentos e a cosmovisão da pessoa impulsiona as suas
ações, reações ou a não fazer nada por si mesma. Reprogramar nossos pensamentos
é o grande desafio.
Carlos Carvalho.
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