segunda-feira, 17 de agosto de 2020

A PASSIVIDADE CRISTÃ É UM CAMINHO PERIGOSO AO PRÓPRIO CRISTIANISMO

 

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Mateus 24:12

 

 

Esta é uma das palavras mais interessantes da Escritura a meu ver – iniquidade. Ela pode ser um verbo que significa dobrar, torcer, distorcer, perverter. Também pode significar ruína; pretende dar a ideia de perversidade e depravação. Não por acaso Jesus se utilizou dela para descrever o estado mental de uma gama de cristãos nos últimos dias.

Minha intenção aqui não é abordar a palavra em si, mas descrever o estado de muitos que, considerando-se cristãos, precisamente pelo torpor mental advindo desta situação global e generalizada na qual se vive hoje, esfriam sua fé, ou seja, tornam-se perigosamente passivos diante de todos os acontecimentos atuais.

Na esteira disso, coisas como: o politicamente correto, o marxismo socialista, a ideologia de gênero, o desconstrutivismo moral e familiar, o neoliberalismo econômico, a militância gayzista, a ascensão muçulmana radical, a violência crescente nas cidades, a corrupção política e empresarial, as guerras modernas, a cristofobia aberta e a massificação da promiscuidade sexual, bombardeando diariamente a vida das pessoas, fazem com que a esperança e a fé de muitos enfraqueçam, dando lugar a uma espécie de tolerância débil que chega a calar essas pessoas e faze-as aceitar passivamente tudo como sendo algo normal, e com o agravante de repetirem continuamente frases como: “Os tempos mudaram”, “as coisas não são mais feitas assim”, “não podemos ser tão radicais” e “esse conservadorismo é antiquado” e etc.

Essa tolerância débil e passiva compromete não somente pseudocristãos pós-modernos, como concomitantemente instituições e igrejas cristãs, outrora sérias e defensoras das verdades absolutas da Escritura e da fé, criando um verdadeiro exército de quase mortos-vivos no tocante à apologética, à dogmática, à suficiência e inerrância das Escrituras, e, por mais incrível que pareça, no que diz respeito à própria pessoa do Deus-Trino, incorrendo, estes, em blasfêmia – não consciente, espero – contra o Eterno, Absoluto, Amoroso, Justo e Todo-poderoso Criador.

Com um grupo gigantesco de gente assim, não é espantoso, que as agendas anticristãs se tornem cada vez mais evidentes e agressivas no mundo ocidental. Um povo que se chama de cristão ou pensa ser seguidor de Jesus Cristo, mas vive anestesiado em sua mente, obscurecido no entendimento, alimentado com leite estragado, pão endurecido, mel impuro e água turva, desfrutando hedonisticamente de seu sucesso e de sua prosperidade entre as quatro paredes dos templos e do lazer familiar que os afasta do verdadeiro culto a Deus, o resultado não poderia ser outro.

Esse tipo de cristão é perigosíssimo para o próprio Cristianismo, haja vista que suas vidas, em harmonia com o sistema mundano, afronta diretamente a Deus e a Cristo Jesus, o Senhor, removendo continuamente o lugar do senhorio de Deus e de Sua Palavra do seu viver diário. Esses são o joio que Jesus descreveu em uma parábola, que infelizmente ainda andarão lado a lado com os genuínos cristãos até o dia da separação final.

Há duas palavras finais que gostaria de transcrever aqui. A primeira se refere ao resultado final que este tipo de ambiente gerará e a segunda, é uma ordem que nos foi dada como aqueles que se tornaram filhos e filhas da luz:

 

[...] Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

Lucas 18:8

 

e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as; porque as coisas feitas por eles em oculto, até o dizê-las é vergonhoso. Mas todas estas coisas, sendo condenadas, se manifestam pela luz, pois tudo o que se manifesta é luz.

Efésios 5:11-13 (Grifo nosso)

 

Graça e paz a todos e todas que procuram servir a Cristo, o Senhor de todo o seu coração.

 

Carlos Carvalho

Novembro de 2017

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