Todas as religiões, artes e
ciências são ramos da mesma árvore. Todas elas aspiram a enobrecer a vida do
homem, elevando-a acima da esfera da mera existência física e conduzindo o
indivíduo rumo á liberdade. Não foi por mero acaso que nossas mais antigas universidades
de desenvolveram a partir de escolas eclesiásticas.
Tanto as igrejas como as
universidades – na medida em que cumpram sua verdadeira função – servem ao
enobrecimento do indivíduo. Buscam cumprir essa elevada tarefa pela difusão do
entendimento moral e cultural, renunciando ao uso da força bruta.
Antes, as injunções da Bíblia
quanto à conduta humana eram aceitas tanto pelo crente quanto pelo incrédulo
como exigências evidentes por si mesmas em prol dos indivíduos e das
sociedades. Não se levaria a sério ninguém que deixasse de reconhecer a busca
da verdade e do conhecimento objetivos como a meta mais elevada e eterna do
homem.
Hoje, no entanto, temos que
reconhecer com horror que esses pilares da existência humana civilizada
perderam sua firmeza [...] O resto do mundo, por sua vez, foi-se habituando aos
poucos a esses sintomas de decadência moral. [...]
Albert Einstein (escrito em 1937)
Extraído de Escritos da Maturidade (Editora Nova Fronteira,
1994).
Nenhum comentário:
Postar um comentário