terça-feira, 14 de junho de 2022

A mente de um Príncipe do Brasil

 


 

Li, mais uma vez, agora mais detidamente e estudando, o texto chamado de “Manifesto da Independência do Brasil’, assinado pelo nosso Príncipe Regente, Dom Pedro l, em 1 de agosto de 1822, ao proclamar nossa independência das Cortes de Portugal. O texto é belo e profundo, retratando realidades que infelizmente vemos até hoje na política e no judiciário nacionais. Destaco somente algumas palavras, mas reitero que amo mais fortemente nosso país e desejo ainda mais lutar por sua prosperidade e grandeza, por amor de nosso povo e por nosso solo abençoado.

 

“Brasileiros, está acabado o tempo de enganar os homens. Os governos que ainda querem fundar o seu poder sobre a pretendida ignorância dos povos, ou sobre antigos erros e abusos, têm de ver o colosso da sua grandeza tombar da frágil base sobre a qual se erguera outrora [...].”

 

Na ótica do Príncipe, o Brasil é “esta grande peça da benéfica natureza, que faz a inveja e a admiração das nações do mundo.” Para ele, as forças externas de sua época tinham um propósito: “seus fins eram paralisar a prosperidade do Brasil, consumir toda a sua vitalidade, e reduzi-lo a tal inanição e fraqueza que tornasse infalível a sua ruína e escravidão.”

 

E mais: “Decretou-lhes governos sem estabilidade e sem nexo, com três centros de atividades diferentes, insubordinados, rivais e contraditórios, destruindo assim a sua categoria de Reino, aluindo assim as bases da sua futura grandeza e prosperidade, e só deixando-lhes todos os elementos da desordem e da anarquia.” [...] “Lançou mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil [...] Negociava com as nações estranhas a alienação de porções do vosso território para vos enfraquecer e escravizar.”

 

Ele cria que “ideias úteis e necessárias ao bem da nossa espécie não são destinadas somente para ornar páginas de livros, e que a perfeição concedida ao homem pelo Ente Criador e Supremo deve não achar tropeço e concorrer para a ordem social e felicidade das nações.” Ele esperava que os representantes dessem ao povo brasileiro “um Código de Leis adequadas à natureza das vossas circunstâncias locais, da vossa povoação, interesse e relações, cuja execução será confiada a juízes íntegros, que vos administrem justiça gratuita, e façam desaparecer todas as trapaças do vosso Foro, fundadas em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas e contraditórias. Eles vos darão um Código Penal ditado pela razão e humanidade, em vez dessas leis sanguinolentas e absurdas, de que até agora fostes vítimas cruentas.”

 

Estas e outras fortes e belas palavras, postas apenas em um pequeno documento histórico, deveriam nos corar de vergonha e nos fazer humilhar diante do Eterno, por permitirmos que monstros políticos atuem livremente no Congresso, governantes sem pudor sejam eleitos, corruptos e preguiçosos tornem-se e mantenham-se como funcionários públicos, leis indecentes e imorais sejam afixadas, impostos sanguessugas ainda vigorem para destruir nosso poder de compra, riquezas pessoais e familiares e também a prosperidade de nosso trabalho e empreendedorismo, para serem consumidos numa máquina obsoleta que nada contribui para o nosso crescimento em qualquer área de nossas vidas.

 

Com o amor e paixão revigorados por nosso Brasil,

 

Carlos Carvalho, Bp.

Junho de 2022

(200 anos deste Manifesto)

 “Ainda há um mal que vi debaixo do sol, um erro cometido pelos que governam: os tolos colocados em muitos postos elevados, enquanto os ricos ocupam os postos inferiores. Vi servos andando a cavalo e príncipes andando a pé como se fossem servos.” (Eclesiastes 10:5-7)

 

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