Li, mais uma vez, agora mais detidamente e estudando, o
texto chamado de “Manifesto da Independência do Brasil’, assinado pelo
nosso Príncipe Regente, Dom Pedro l, em 1 de agosto de 1822, ao proclamar nossa
independência das Cortes de Portugal. O texto é belo e profundo, retratando
realidades que infelizmente vemos até hoje na política e no judiciário
nacionais. Destaco somente algumas palavras, mas reitero que amo mais
fortemente nosso país e desejo ainda mais lutar por sua prosperidade e
grandeza, por amor de nosso povo e por nosso solo abençoado.
“Brasileiros, está acabado o tempo de enganar os homens. Os
governos que ainda querem fundar o seu poder sobre a pretendida ignorância dos
povos, ou sobre antigos erros e abusos, têm de ver o colosso da sua grandeza
tombar da frágil base sobre a qual se erguera outrora [...].”
Na ótica do Príncipe, o Brasil é “esta grande peça da
benéfica natureza, que faz a inveja e a admiração das nações do mundo.” Para
ele, as forças externas de sua época tinham um propósito: “seus fins eram
paralisar a prosperidade do Brasil, consumir toda a sua vitalidade, e reduzi-lo
a tal inanição e fraqueza que tornasse infalível a sua ruína e escravidão.”
E mais: “Decretou-lhes governos sem estabilidade e sem nexo,
com três centros de atividades diferentes, insubordinados, rivais e
contraditórios, destruindo assim a sua categoria de Reino, aluindo assim as
bases da sua futura grandeza e prosperidade, e só deixando-lhes todos os
elementos da desordem e da anarquia.” [...] “Lançou mãos roubadoras aos
recursos aplicados ao Banco do Brasil [...] Negociava com as nações estranhas a
alienação de porções do vosso território para vos enfraquecer e escravizar.”
Ele cria que “ideias úteis e necessárias ao bem da nossa
espécie não são destinadas somente para ornar páginas de livros, e que a
perfeição concedida ao homem pelo Ente Criador e Supremo deve não achar tropeço
e concorrer para a ordem social e felicidade das nações.” Ele esperava que os
representantes dessem ao povo brasileiro “um Código de Leis adequadas à
natureza das vossas circunstâncias locais, da vossa povoação, interesse e
relações, cuja execução será confiada a juízes íntegros, que vos administrem
justiça gratuita, e façam desaparecer todas as trapaças do vosso Foro, fundadas
em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas e contraditórias. Eles vos darão
um Código Penal ditado pela razão e humanidade, em vez dessas leis
sanguinolentas e absurdas, de que até agora fostes vítimas cruentas.”
Estas e outras fortes e belas palavras, postas apenas em um
pequeno documento histórico, deveriam nos corar de vergonha e nos fazer
humilhar diante do Eterno, por permitirmos que monstros políticos atuem
livremente no Congresso, governantes sem pudor sejam eleitos, corruptos e
preguiçosos tornem-se e mantenham-se como funcionários públicos, leis
indecentes e imorais sejam afixadas, impostos sanguessugas ainda vigorem para
destruir nosso poder de compra, riquezas pessoais e familiares e também a
prosperidade de nosso trabalho e empreendedorismo, para serem consumidos numa
máquina obsoleta que nada contribui para o nosso crescimento em qualquer área
de nossas vidas.
Com o amor e paixão revigorados por nosso Brasil,
Carlos Carvalho, Bp.
Junho de 2022
(200 anos deste Manifesto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário