“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês
todos os dias até o fim dos tempos.” (Mateus 28:19,20)
Algumas verdades são perfeitamente claras nas palavras de
Jesus, nosso Senhor: primeiro, o evangelho é uma mensagem; segundo, é uma
mensagem de salvação, libertação e mudança de comportamento (reeducação
espiritual e ética); terceiro, é uma mensagem para todas as pessoas, para cada
indivíduo do mundo e por último, está implícita uma mensagem que cria uma nova
cultura, sem levar em consideração as que já existem, por ser esta a melhor dos
mundos.
Dito isto, a conclusão é simples, direta e óbvia: o
Evangelho de Jesus Cristo, não é um “evangelho” de homens, mas para os homens,
não é uma mensagem de guetos ou classes, mas para a raça humana e tampouco é um
evangelho político ou ideológico, mas livre dessas prisões, por não estar
sujeito a elas.
O Evangelho de Jesus é uma mensagem libertadora, mental e
espiritual, para ricos e pobres, grandes e pequenos, empresários e
trabalhadores, governantes e governados, sem distinção de nada. O Evangelho não
separa as pessoas em classes, em castas, em posições políticas ou em status. Ao contrário, ele gera um novo
ser humano mais pleno e livre em todos os aspectos do prisma pessoal e social.
Ele une os alcançados por ele em torno de si mesmo e de seu Autor.
“Aqui não pode haver mais grego e judeu, circuncisão e
incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo e está em
todos.” (Colossenses 3:11)
“Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a
incircuncisão, mas o ser nova criatura.” (Gálatas 6:15)
“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam
longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De
dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que
estava no meio, a inimizade. Cristo aboliu a lei dos mandamentos na forma de
ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo uma nova humanidade, fazendo
a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz,
destruindo a inimizade por meio dela.” (Efésios 2:13-16)
A conversão ao Evangelho muda a vida da pessoa convertida
(metanoia), altera seus gostos, modifica seu comportamento antes autodestrutivo
para um comportamento espiritualmente sadio, transforma o fluxo de seus
pensamentos, troca sua natureza pecaminosa por uma santificada e em processo de
santificação e, por fim, o levará a salvo à eternidade.
Claro que vidas transformadas neste nível, têm plenas
condições, se desejarem, de mudar estruturas sociais, modificar leis, criar
leis mais benéficas a todos, serem mais solidárias, partilharem mais de seus
recursos pessoais, promover a paz, punir justamente, fazer a justiça real,
influenciar positivamente as gerações e fazer o bem. Contudo, jamais farão
essas coisas obrigadas por leis injustas que só trazem confusão e desordem,
criando caos social e uma péssima “cultura de direitos” em detrimento à cultura
do dever.
É perfeitamente plausível que só possamos dizer que algo é
um fim em si mesmo somente do Evangelho de Jesus. Finalmente e lembrando mais
uma vez: o Evangelho é uma mensagem de Deus para todos os seres humanos sem
distinção.
Carlos Carvalho
Teólogo e Cientista Social.
23 de setembro de 2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário