quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Tempestade em copo d’água

 

 


“Não faça tempestade em copo d’água.” (B. Gracián, século XVII)

 

Desde criança escutei meus pais e avós dizerem isso a mim e aos outros, quando viam os exageros cometidos por nós, principalmente quando ficávamos irritados e emocionalmente (quase) descontrolados se alguém cometesse algo que considerávamos injusto. Nossa reação, aos olhos deles, era excessiva e desnecessária.

 

Os anos passaram e eu continuo me lembrando disso, mas, de vez em quando ainda me excedo e, após o fato, vem como martelo em minha mente essas palavras: “Você está fazendo tempestade em copo com água!” Não é fácil praticar isso, haja vista os dias de hoje, mas é uma asseveração poderosa.

 

C.K. Carvalho

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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Quem se importa?

 


 

Esse mundo não é justo e jamais será. Seu sistema não foi feito para todos e ninguém ascende senão romper grandes muralhas e escalar altas montanhas. Se qualquer um quiser que você acredite em algo contrário, via de regra, é um enganador oportunista.

 

No entanto, há outra verdade: ninguém sobe sozinho. Existem muitos que auxiliaram a subida de alguém ao topo. Se isso é um fato, então a capacidade maior não está em quem sobe, mas nos que o colocaram no topo.

 

Não estou falando de talentos pessoais ou de capacidades individuais, e sim de sermos os canais da ascensão de nosso próximo. Falo de quebrarmos essa arrogância egoísta e cada um de nós, fazermos a nossa parte para que outro chegue ao topo também.

 

Eis um fato incontestável: quanto mais você auxilia pessoas a subirem de nível e posicionamentos mentais e pessoais, mais importante e rico você se torna. Por isso a pergunta: "Quem se importa?" Ou podemos dizer: "Com quem você se importa?"

 

“Mas o maior entre vocês será o servo de vocês.” (Jesus. Mateus 23:11)

 

Carlos Carvalho

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terça-feira, 28 de setembro de 2021

ATIVIDADES PASTORAIS

 


 

“13 Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, à exortação, ao ensino. 14 Não seja negligente para com o dom que você recebeu, o qual lhe foi dado mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 15 Medite estas coisas e dedique-se a elas, para que o seu progresso seja visto por todos. 16 Cuide de você mesmo e da doutrina. Continue nestes deveres, porque, fazendo assim, você salvará tanto a si mesmo como aos que o ouvem.” (1 Timóteo 4:13-16)

 

Uma das coisas que mais amo na fé da Escritura é sua praticidade. A fé só traz resultados eternos e presentes por causa de sua essência prática e sólida. Não há “espiritualismos” extravagantes ou inalcansavelmente etéreos. A fé da Escritura, embora espiritual, não se traduz em mera subjetividade, senão em materialização concreta de seu objeto ou de sua busca: seja a salvação, sejam as bênçãos divinas.

 

Sendo assim, o ministério mais importante da igreja de Cristo, o de pastorear os seres humanos convertidos, não deixaria de ser também prático. Quando o apóstolo faz menção à prática diária e constante a ser executada ao seu filho espiritual Timóteo, igualmente operando na função e unção de apóstolo – pois seu trabalho e ministério era o de representante oficial de Paulo em uma grande região e para realizar o mesmo que o apóstolo fazia (leia as duas cartas e confirme essa informação), o que ele prescreve a Timóteo, entre outras coisas, foram ações pastorais práticas.

 

Não iremos nos estender em cada uma delas, porém, na base, as ordens foram para se dedicar a: 1) Leitura constante da Escritura, pública ou particular; 2) Não deixar de exortar os crentes (chamar do erro para a santidade); 3) Ensinar diariamente a Palavra de Deus; 4) Não deixar de operar nos dons espirituais que recebeu; 5) Agir com diligência após reflexão; 6) Demonstrar seu progresso espiritual por meio de tudo isso; 7) Cuidar de todos os aspectos de sua vida, seja física, emocional, intelectual, espiritual ou doutrinária; 8) Compreender que tudo isso são deveres que demonstram a salvação própria e a dos outros sob os seus cuidados.

 

Compreendeu ministro(a) do Senhor?

 

Carlos Carvalho, Bp.

Pr. Sênior da Comunidade Batista Bíblica

Teólogo, Professor e Cientista Social

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

PANDEMIAS, EPIDEMIAS E DIREITOS HUMANOS

 


 Uma consulta coerente às informações que dispomos hoje vai nos assegurar que, na história humana, pandemias desaparecem e jamais retornam e epidemias ou surtos resistem um pouco mais, porém, sempre são mitigadas ou controladas plenamente.[1] Essas informações são fatos inquestionáveis e registrados adequadamente até os nossos dias.

 

A despeito da falta de conhecimento científico de ponta do passado e das decisões corretas ou equivocadas das lideranças das épocas nas quais os surtos e as pandemias ocorreram – isso é aceitável por diversos aspectos – e a despeito das perdas das vidas aos milhões, em percentuais elevados, haja vista a população global ser bem menor que a atual, torna-se igualmente um fato compreensível diante de todas as demandas e deficiências que possuíam no momento histórico que viviam.

 

Uma verdade se sobressai aqui: uma pandemia real, em nível global, mesmo com toda a tecnologia avançada de qualquer tempo, sempre será mortal, avassaladora, incógnita, assustadora e incontrolável em seu início de expansão e infecção. Não precisa ser nenhum cientista ou epidemiologista para descobrir esse fato. No entanto, ao passar dos dias e dos meses, ela será devidamente combatida, esmiuçada, compreendida, controlada e eliminada. Como seres humanos sempre faremos isso.

 

Humanamente e sentimentalmente me expressando, como cientista social e líder religioso, compreendo plenamente a dor da perda – tenho as minhas próprias – do luto, da busca pelas razões e “culpados” pelo ocorrido e, possivelmente, o anseio de justiça quando provado erros de condução médica ou de alguma política pública malfadada. Isso também é inquestionável do ponto de vista do foro íntimo.

 

Agora, os direitos humanos, que não foram mera invenção de uma mente sem nexo ou razão, desde o seu nascimento, seja em 1789[2] ou em 1948[3], tinham em seu nascedouro a ideia máxima da liberdade da pessoa humana e de seus direitos invioláveis. Eu sou apaixonado pela DUDH de 1948, permita-me por favor reproduzir o parágrafo final de seu preâmbulo:

 

“Agora, portanto, a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.”

 

É linda, não é? Perfeita! Por um momento sonhe como eu em unirmos numa possível utopia três grandes documentos históricos universais: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os 11 Mandamentos[4] e o Sermão da Montanha[5]. Nada mais seria necessário para criarmos um mundo maravilhoso, respeitoso, harmonioso, solidário, próspero, com menos desigualdades, livre, seguro e santificado. Esses três bastariam.

 

Por causa destes gigantescos documentos históricos, em grande parte fomentadores de Cartas Magnas de nações importantes do planeta como a nossa, é que não coadunamos, concordamos, aceitamos ou toleramos quaisquer medidas – ilusória ou insandecidamente justificadas por parte de quaisquer autoridades – que tolham, relativizem, diminuam ou parcializem os direitos invioláveis de qualquer pessoa humana.

 

Ao fazermos isso, não estamos “escolhendo lados”, ideologizando questões, partidarizando temas humanitários ou da humanidade, não fazemos política suja, falsa, imoral e sem ética. Estamos sim, nos posicionando na montanha, cujo núcleo e base são formados pela vida, pela dignidade, pelo respeito humano, pela liberdade, pela paz, pelo bom governo e pela prosperidade de todos, mesmo que precisemos estar prontos para combater os tiranos, os déspotas, os totalitários, as leis injustas, os mentirosos, os profanos, os maus e os falsos profetas de cada geração.

 

Carlos Carvalho

Teólogo e Cientista Social.

Primavera de 2021.

 

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[1] Brief History of Pandemics (Pandemics Throughout History) disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7123574/

[2] A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão francesa.

[3] A Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU.

[4] Os 10 da Torá judaica mais 1 de Jesus Cristo.

[5] Mateus 5, 6 e 7.

O Evangelho é uma mensagem para todos os seres humanos



 “E disse-lhes: — Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Marcos 16:15,16)

 

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” (Mateus 28:19,20)

 

Algumas verdades são perfeitamente claras nas palavras de Jesus, nosso Senhor: primeiro, o evangelho é uma mensagem; segundo, é uma mensagem de salvação, libertação e mudança de comportamento (reeducação espiritual e ética); terceiro, é uma mensagem para todas as pessoas, para cada indivíduo do mundo e por último, está implícita uma mensagem que cria uma nova cultura, sem levar em consideração as que já existem, por ser esta a melhor dos mundos.

 

Dito isto, a conclusão é simples, direta e óbvia: o Evangelho de Jesus Cristo, não é um “evangelho” de homens, mas para os homens, não é uma mensagem de guetos ou classes, mas para a raça humana e tampouco é um evangelho político ou ideológico, mas livre dessas prisões, por não estar sujeito a elas.

 

O Evangelho de Jesus é uma mensagem libertadora, mental e espiritual, para ricos e pobres, grandes e pequenos, empresários e trabalhadores, governantes e governados, sem distinção de nada. O Evangelho não separa as pessoas em classes, em castas, em posições políticas ou em status. Ao contrário, ele gera um novo ser humano mais pleno e livre em todos os aspectos do prisma pessoal e social. Ele une os alcançados por ele em torno de si mesmo e de seu Autor.

 

“Aqui não pode haver mais grego e judeu, circuncisão e incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo e está em todos.” (Colossenses 3:11)

 

“Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.” (Gálatas 6:15)

 

“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade. Cristo aboliu a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo uma nova humanidade, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, destruindo a inimizade por meio dela.” (Efésios 2:13-16)

 

A conversão ao Evangelho muda a vida da pessoa convertida (metanoia), altera seus gostos, modifica seu comportamento antes autodestrutivo para um comportamento espiritualmente sadio, transforma o fluxo de seus pensamentos, troca sua natureza pecaminosa por uma santificada e em processo de santificação e, por fim, o levará a salvo à eternidade.

 

Claro que vidas transformadas neste nível, têm plenas condições, se desejarem, de mudar estruturas sociais, modificar leis, criar leis mais benéficas a todos, serem mais solidárias, partilharem mais de seus recursos pessoais, promover a paz, punir justamente, fazer a justiça real, influenciar positivamente as gerações e fazer o bem. Contudo, jamais farão essas coisas obrigadas por leis injustas que só trazem confusão e desordem, criando caos social e uma péssima “cultura de direitos” em detrimento à cultura do dever.

 

É perfeitamente plausível que só possamos dizer que algo é um fim em si mesmo somente do Evangelho de Jesus. Finalmente e lembrando mais uma vez: o Evangelho é uma mensagem de Deus para todos os seres humanos sem distinção.

 

Carlos Carvalho

Teólogo e Cientista Social.

23 de setembro de 2021

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Lobos devoradores & Áspides venenosas

 



 As imagens falam por si mesmas. Qualquer pessoa ao passar pelo centro comercial de uma cidade brasileira, mas principalmente as do Estado de São Paulo, onde vivo, vai fatalmente perceber a quantidade de comércios fechados e com placas anunciando aluguel penduradas. Locais que há pouco menos de 2 anos estavam abertos e pujando a economia das cidades, agora fechados por falências e desespero financeiro.

 

Uma pessoa sensata sabe que o centro de uma cidade, via de regra, é o termômetro financeiro e comercial de seus habitantes, e, descreve a intensidade viva da consequência do trabalho e dos negócios ali. Um comércio fervilhante é a vara de medir da vida financeira de uma cidade. Ao vermos o que ocorreu neste último ano, a conclusão é óbvia e jamais poderia ser outra: tudo isso é fruto único de má gestão e de decisões equivocadas, para não usar de palavras mais grossas ou severas.

 

Ainda me choca verdadeiramente a teimosia e a tendência de pensamentos absolutistas, ditatoriais e ideológicos de uma parte de nossos cidadãos, de procuradores, juízes, de alguns governadores e de um pequeno grupo de prefeitos brasileiros. Essa má gestão e decisões esdrúxulas, sem teor de fato científico, sem sensatez ou humanidade, só beneficiam a duas classes de seres: políticos e funcionários públicos (um pequeno número deles preguiçosos e oportunistas) e os grupos bilionários de grandes redes e monopólios financeiros e globais.

 

No discurso dessas pessoas, fingindo estar na linha de frente na defesa das pessoas comuns e do trabalhador, fazem exatamente o contrário: destroem o trabalhador e o pequeno e médio empresário e empreendedor – os verdadeiros criadores de riqueza de uma cidade e de um país – impedindo-os de trabalhar e mantendo-os no desespero ou dependentes deste sistema brutal financeiro legal, arrancando o seu lucro e sua riqueza por meio de empréstimos leoninos com juros abusivos, exigindo impostos e aumentando-os com monstruosas desculpas técnicas, e, na outra ponta, aumentando o tamanho do abismo social que já existe, fazendo os grupos bilionários mais ricos ainda.

 

Depois, essa turma não quer ser questionada, criticada ou menosprezada pela maioria dos brasileiros, que não mais tolera suas mentiras e suas ficções em nome de uma “democracia” que só serve a eles mesmos. Tolos, repugnantes, mentirosos e corruptos, que ainda conseguem ludibriar uma pequena parcela da população que imagina serem eles os bonzinhos, os heróis e os que os defendem. Não passam de lobos devoradores.

 


Mas, graças a Deus pela capacidade curativa e de regeneração que existe entre nós. Nossa nação sempre demonstrou a elevada habilidade de se curar das feridas que essas áspides geram em nós.  Nosso povo a cada dia desperta mais!

 
Carlos Carvalho, Bp.

Teólogo, Cientista Social, Jornalista, Professor, Escritor, Empreendedor e Gestor de Inovação.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Eis a verdadeira liberdade democrática:

 


 

“Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.”

Evelyn Beatrice Hall (pseudônimo: Stephen G. Tallentyre, 1868-1956).

 

“Detesto o que o senhor escreve, mas daria minha vida para lhe permitir continuar escrevendo”.

François-Marie Arouet (Voltaire, 1694-1778)

 

“[...] Pois, por que a minha liberdade deve ser julgada pela consciência de outra pessoa?”

Paulo, apóstolo, século I (sua primeira carta ao coríntios, cap.10, v.29)

 

Carlos Carvalho

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VIDA TRANSFORMADA